08 August 2010

Centenario do Negus

Que pena que eles nao estao mais aqui para a gente poder compartilhar um churrasquinho de carne gorda, como ele gostava tanto.
Para mim o importante mesmo sao as lembranças dos ensinamentos que ele, com ou sem a intençao passou para mim.  O primeiro ensinamento foi quando eu tinha 4 ou 5 anos, eu fiz um comentario, criticando ( ja nasci com esta marca ) e ele me corrigiu imediatamente. "Nao, minha filha, a gente tem que ter pena do coitadinho". E desde aquele momento eu entendi o que empatia significa.. Pelos olhos dele eu encherguei os problemas de outros como pudessem ser meus. Em outras ocasioés aprendi a aceitar minha personalidade, sem levar em cosideraçao a opiniao de outros. Acreditar em mim. Ajudar ao proximo sem esperar recompensas. Ter coragem para enfrentar o mundo quando necessario.
Muitas vezes trazia balas e quitutes para mim. Se eu estava doente ele parava ao pe da cama e perguntava, Quer um suquinho de laranja, uma passa de uva,e  sei la o que mais que ele achava que tinha em casa para oferecer..O objetivo era tirar a angustia de que a filha ficasse muito doente e sofrendo, que ela voltasse a ser integral novamente.
 Realmente um homem interessante.
Nao parecia sentir medo de nada,  ate de coisas que ele nao entendia. Muito interessante mesmo!
As lembranças sao muitas, e todas me enchem de gratidao pela sorte que tive de te-lo como meu Pai.
Feliz Aniversario Negus. Tu es amado. E Olha! Quando completares 150 vou estar la para a gente fazer aquele churrasquinho de carne gorda.


Marne

O que seria do 100 se não houvesse 99?

Nemar e Marne me pediram para escrever sobre o centenário de nascimento do nosso pai, comemorado hoje, dia 8 de agosto de 2010. E também eu queria ter escrito para a mãe, no dia 26 passado. Como irmã menor, maninhapequeninha, assumi este compromisso e resgatei minha vontade filial julhina. Just thinking para escrever, chego à idéia de que quero falar de ambos, pois nunca consegui pensar numa sem o outro e vice-versa. Uma de minhas características nesta existencia: sempre gostei de conectar as coisas ou as pessoas para falar delas, entende-las, ou para trabalhar com elas.
Lulu e Negus é uma dupla que se formou, superando desafios e desigualdades, e permaneceu visível para os mortais durante 64 anos. Ele partiu primeiro e ela o seguiu um pouco mais tarde. Não gosto de datar as coisas, mas Nemar tem todas as datas bem exatas e poderá completar e conferir o que escrevo aqui. Hoje, ele me disse que a vó Corina faleceu há 31 anos. É verdade, foi num aniversário do pai que ela partiu. Minha homenagem de gratidão a todos os três, e mais à Dora, minha madrinha e amiga, criança e adulta, eu e ela vivemos várias fases, alegres e tristes, uma acompanhando a outra, chorando ou rindo juntas.
Voltando a conversar sobre a dupla Negus e Lulu. Nasceram com diferença de um ano, acho que ambos em Rio Pardo, (isso mesmo , Marne?) onde viveram a maior parte de suas vidas. Ela, menina faceira, educada em colegio de freiras na capital gaúcha, recem formada no magisterio, volta nomeada para a cidade natal e encontra-se, de pronto, apaixonada pelo gaúcho, rústico, verdadeiro peão de seu coração. Peão, não no sentido do jogo de xadrês. Peão que domava, destemido. Os temores dela eram muitos por sua historia de vida, sem mãe e criada por tias, mais velhas e mais moças, vida confusa, agitada, que a levou a pedir sua nomeação como professora para morar com o pai, em Rio Pardo. Mas sempre, minha mãe venceu todos seus temores graças a seu espírito evoluído. Ela sabia que nada é eterno, seja para o mal ou para o bem. E por essa forma de ver a vida, procuro me inspirar até hoje. De meu pai, herdei a vontade de entender o mundo da política e a retidão de carater. Ele optou por viver política mas não viver como os políticos. Uma coisa que sempre me orgulhei dele é que achava ser uma indecência o vereador receber remuneração por seu trabalho. Ele dizia que estava ali por amor à cidade, e assim vivia conforme falava. Este rigor de honestidade e de justiça, passou para os 3 filhos. Essa coerência de vida, seja qual for a consequencia, sempre procurei imitar. Procuro imitar também a alegria presente no íntimo de minha mãe. Nós, os três filhos, parece que não somos tão alegres quanto ela se sentia, pelo simples fato de viver e agradecer todo o dia, sua vida e a familia que construiu, a Deus. Mas até que sabemos viver sem reclamar de tudo, somente um pouco (nossa pracinha que não me desminta). Gosto de dar conselhos e ajudar as pessoas. Sou filha da Lulu e isso é outra coisa que quero continuar a fazer com seu exemplo. Meus filhos, netos e sobrinhos, e depois filhos e netos de vocês, queridos... Alguns de vocês sabem e outros ainda não: ela foi ótima numeróloga e através deste dom desenvolvido com muito estudo, ela ajudou muita gente, inclusive a nós. Havia pessoas que vinham de longe consultar a Vó Lulu (assim era conhecida) que sempre tinha uma palavra amiga de estímulo, puxava as orelhas quando era preciso, recomendava chás e a maioria absoluta das coisas acertava em suas previsões. Tenho guardado até hoje muitas cartas dela que dariam um belissimo livro (quem sabe ainda farei isso) onde ela demonstra toda sua grandeza em ajudar um e outro, sua delicadeza de alma, através de pensamentos muito profundos, antes e depois da despedida do seu parceiro e amado. Lulu era assim: companheira e amiga de todos. Ela e o pai eram parceiros e viveram um relacionamento próprio deles. Hoje eu acho que, se pensarmos na natureza, podemos ver, como cenas animadas, os diferentes relacionamentos que podemos ter nesta existencia: relâmpagos, chuvinha fina, ventania, chuvarada de verão e tsunami. O da mãe com o pai eram relâmpagos, iluminavam dias e noites, algumas vezes, anunciando calmaria e outras vinham junto com trovoadas, mas o principal é que cada um deles clareava sempre o outro, completando-se em suas diferenças e superando suas desigualdades. Ambos se respeitavam e construiram uma linda familia, segundo a conta dela, numa das cartas, já com 22 membros àquela ocasião (não fiz os cálculos e nem assinalei a data porque não desejo conferir). Não quero conferir mais nada que se refira a eles. Quero somente ama-los aqui, alí e acolá. Isso foi o que consegui escrever. Terei que enxugar agora meu computador para poder voltar à pracinha. bjos a todos os que amo, familia que conheço nesta existencia e os futuros familiares que não terei tempo de conhecer, mas que poderão ler este blog maravilhoso. Que boa ideia, maninha, tiveste ao criar este blog da familia e para a familia.

27 July 2010

A Maravilhosa Famila do Nemar e da Bea

Nemar Costa e Familia
Dia das Maes e 45 anos de casamento.
Nemar e Beatriz
Claudia , Roberto e Juliane
Alexandre Costa
Antonio, Gabriella, Rafael e Daniela
Adriano, Valeria, Luiza e Manuela
2009

Dia 26 de Julho

Foi ontem que a mae completou 99 anos. Completou, porque para mim ela vive. No meu pensamento, na minha conciencia,nas minhas palavras, na minha alma e prinicplamente no meu coraçao. Agora que tenho cabelos brancos e caminho mais lentamente me pareço com ela fisicamente.
Para os que nao me conhecem, minha mae e a famosa Vo Lulu, cidadá de Rio Pardo e do Mundo. Ela conseguia ate voar, porisso sempre estava em qualquer canto do mundo que lhe desse satisfaçao.
Eu nao consigo, tentei na semana passada e acabei caindo. A semelhança e so fisica. Eu gostaria de ser como ela, facilidade para sorrir, conselheira, otimista, cheia de pensamentos positivos e visoes maravilhosas.

Na vida a gente e como e, mas nunca fez mal tentar emular os que admiramos.
Ela, seguidamente dizia, "estive pensando" e a seguir vinha as coisas que ela gostaria que acontecesse ou que a gente fizesse. Mudar mais para perto da casa dela, fazer uma viagem divertida, ganhar um premio grande na loteria, pequenas coisas mundanas que a definiam.

Tive a honra e a felicidade de te-la na minha vida por 62 anos, e nao acho o suficiente. Entao a conservo viva e desejo Feliz Aniversario por muitos anos vindouros.

22 June 2010

Retorno


Voltando de uma viagem cansativa, carregando tristezas e lembranças da minha amada Heloisa, esposa do Rudine e mae do Rafael e Juliana. Quando se chega aos ultimos anos da nossa existencia sempre nos sentimos mais sozinhas. Tantos que amamos nao estao mais conosco, as memorias estao distantes mas ainda bem delineadas. O poder de esquecer nao se tem, mas a força da fe nos ajuda a suportar e aliviar a dor da saudade.

Como sempre ha esperança do futuro, estou participando que Rafael e Christine vao receber uma menina que sera batizada  Viviane Heloisa Borgato, Chegara em fim de Novembro ou por ali.

Aos meus queridos que nos acompanham neste Blog, deixo meu testemunho de que a vida continua.

Followers