Minha maninha, generosa como sempre, me ensinou tantas coisas nesta fase de minha vida, que foram tão boas de aprender durante um verão. Atitudes mais despreocupadas, nossas conversas mais francas na beira da praia, nossas experiências sendo trocadas, foi muito legal o período que passamos juntas.
Amizades ela fez por aqui, lavando roupa lá na cobertura do prédio. Não sei se amizades, mesmo, ou colegas de trabalho lavatório. Buck sempre atencioso, comunicava-se mesmo sem falar, maravilhoso! Clery também gostou muito do tempo que vocês passaram aqui.
Buck tirava tantas fotos da praia em Camboriú, com coloridos diversos, brilhantes, que acredito ter passado para mim esta mesma paixão pela fotografia. Tirou fotos desde que chegou, e eu olhava embevecida a arte dele. Começou a fazer fotos em Lami.
Passamos o Natal todos juntos com Bea, Nemar e filhos com filhos, além de duas cadelinhas, mãe e filha, também. Foi um encontro de família que acredito que na nossa só acontecia quando tinha velório para ir.
E aquele Natal de 2002 (eu acho), tornou-se maravilhoso para mim e acredito que para os irmãos. Como Marne colocou muito bem neste blog, os três, filhos do Negus e da Lulu, formam uma família. Membros morando distantes porém sempre unidos: por internet, por telefone, por cartões, por fotos, por amor, por saudade. Sempre procurando agregar e formar uma unidade.
Sinto que o pai e a mãe estam contentes com isso, lá no céu ou em outro ambiente astral. Vó Corina e Dora, tenho certeza, sorriem e torcem para que estejamos cada vez mais juntos.
Quando o Brizola morreu, no mes passado, eu imaginei ele chegando e todos os nossos que já se foram, em volta dele, a conversar. Como era importante para a família ir aos comícios! Acho que minha veia política se formou quando criança naqueles momentos de atenção aos discursos. A política me deixava um pouco mais próxima do pai. Até o colo do Brizola eu experimentei, quando menina. E agora, com muito mais idade, não consigo tirar fotos sem fazer uma reflexão, que não deixa de ser política. E outra coisa, não sei escrever pouco, discurso muito. Esse texto é para ser um pequeno texto, um text-óvulo, que dará origem a muitos outros, agora que minha maninha me ensinou a entrar neste blog e escrever. Não pensei que fosse escrever tanto... com o coração.