06 June 2006

Os 3 na mata com suas árvores





Gostei do passeio no parque. Belo texto, Nemar. Mais medo da roda gigante do que do trem fantasma, da minha parte. Existe a roda da vida, que os hindus representam nossas reencarnacoes. Fica para outra vez.

Agora vamos cantar e entrar numa mata, nós tres?
Meu limao, meu limoeiro, meu pe de jacaranda... Do limoeiro so podemos conseguir limao. Ate clonados, mas sempre limao.
Do jacaranda,a madeira de lei, dizem os mais antigos. Eu nunca vi nada feito de jacaranda, talvez por isso idealize tanto essa madeira. Em resumo, somos frutos e madeiras. Porque somos parte das mesmas arvores. E ao mesmo tempo temos as duas identidades. A questao e: quando???
No passeio do "Parque de Re-versoes", parece-me que somos todos frutinhas, azedinhas, boas para fazer a mistura caipira, seja com casca ou sem casca, nesta vida ou nas outras.
Quando escrevemos, somos madeira, aquela mais para jacaranda do Nemar, que lembra as madeiras da lei (sem intencao, mas sempre nobres e justas). Com seus 66, bem vividos, plenos de experiencia, bonito e nobre como deve ser um pe de jacaranda.
A Marne me lembra o mogno,que ja conhecia com nuances que vao do roxo (inclusive da pagina) ate o castanho. Nao estou falando do tom de cabelo; este, branco como neve traz muita dignidade as suas feicoes suaves e sempre jovens. Gosto desta opcao que ela fez (nao sei se algum dia assumirei tambem os meus brancos). Falo dos tons que assume na vida. Forte e vibrante no roxo, como a decisao de criar um blog para a familia (fiquei com ciume de nao ter tido primeiro a ideia) e do castanho quando lamenta, de forma suave,que poucos escrevem, no marrom triste da queixa sobre a pagina em roxo.
Eu me vejo como marfim, meio sem cor, aprendendo a partilhar as emocoes e sentimentos, por tanto tempo seguras dentro do peito. Mas, tambem me sinto valorizada na grande mata, como o jacaranda e o mogno.
Por todas essas analogias, de pe de limoeiro quebrado, o que quero dizer e que ao criarmos nosso A3 e trocarmos as mensagens junto com os capitulos do livro, estou conhecendo melhor meus irmaos.
Sempre me senti fora do esquadro pelo tempo de chegada de cada um de nos. O convivio era agradavel e com pouca intimidade, como senti sempre a familia toda. Sempre queridos mas distantes, no sentido maior de partilhar as nossas vidas.
Agora, posso dizer que consigo perceber o conjunto da mata e visualizar cada uma das tres arvores.
Para provocar todos nossos descendentes e a nos mesmos para escrever neste blog: Quais as arvores que a mae e o pai podem representar nesta mata Cardozo Borba e Ferreira Costa? E os outros personagens de nossa historia familiar?

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